Fotos que nos revelam UM mundo. . .

Revista Manchete. Março de 1968. Estudantes velam o corpo de Edson Luís, assassinado covardemente durante manifestação no restaurante Calabouço, no RJ. O motivo do ato? melhorias para xs estudantes que, como Edson Luís, vinham de longe em busca do sonho do diploma no ensino superior, um futuro, um trabalho e etc. E como pano de fundo de tudo isso um golpe militar, uma maquiagem de democracia. naquele ano o regime tiraria suas máscaras e ocorreria o chamado ‘golpe dentro do golpe’. a aprovação do AI5, o decreto-lei 477 e a truculência, agora abertamente contra quem se colocava contra a regime iria durante até 1985 (se bem que ainda hoje tamo vendo os resquícios, né?). o assassinato de Edson Luís foi o estopim pro embate entre população civil e regime. a marcha dos 100 mil foi motivada pelo heroico sacrifício desse jovem esperançoso. seu sacrifício não foi em vão. seus algozes foram varridos do tempo e da memória de nosso povo. Edson Luís vive em cada nova manhã de luta que nos aparece.
Edson Luís vive!

 

“quem cala, morre contigo”. nós gritamos ecoando sua voz!!

Cine…

Cine…

Irreversível, de Gaspar Noé, de 2002, é um filme forte, genial e aterrador ao mesmo tempo. Monica Bellucci interpreta nele Alex, jovem que é vítima de um estupro ao sair de uma festa. Na trama, Marcus e Pierre (Vincent Cassel e Albert Dupontel respectivamente) saem em busca do culpado. Uma série de denuncias é feita ao logo da película, como a posse do homem sobre a mulher nos mais diversos ambientes (os dois eram namorado e ex de Alex), o machismo presente em nossa sociedade e, principalmente, a cultura do estupro. Qual a forma escolhida pelo direto para abordar um tama tão delicado quanto esse? escolhe narrar a história de trás pra frente, fragmentada, partida, pensada meticulosamente para  nos “incomodar”, “provocar’, “refletir”. Todo o filme é uma grande denúncia. Mas não é um filme fácil.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=FxPNSErZ5bE

A Revolução NÃO Será (Mesmo?) Televisionada

                               

                      “The Revolution Will Not Be Televised”

     Final de 2001. Uma equipe de jornalistas chega a Venezuela, com a intenção de produzir um documentário sobre o mito em torno do presidente Hugo Chávez, eleito pela maioria esmagadora de votos em 1998. O que a equipe não esperava era ser surpreendida com um golpe militar no início de 2002, articulado pela extrema direita do país, com o patrocínio direto da CIA.

     “A Revolução não será televisionada” é, sem dúvida, um grande documento histórico e abriu precedentes para diversos debates como a manipulação da mídia, a participação dos Estados Unidos em diversas ditaduras na América Latina, como o caso da Operação Condor, e rebater vários mitos sobre essa figura tão importante que deixou um legado político inquestionável a todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa.

     Filme de 2002. direção de Kim Bartley e Donnacha O’Briain. Produzido por: Power Picture.