![Screenshot_2019-07-14-21-08-01-1](https://papobla.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/screenshot_2019-07-14-21-08-01-1.png?w=584)
Allan Moore, talvez o maior nome dos quadrinhos de todos os tempos, anunciou sua aposentadoria. Responsável por repaginar títulos como Monstro do Pântano (onde criou o icônico John Constantine), além de deixar enormes contribuições como “A Piada Mortal”, “Miracleman” entre outros. Não é preciso nem dizer que é dele “V de Vingança”, “Do Inferno”, “A Liga Extraordinária” e “Promethea”.
![Screenshot_2019-07-14-21-06-52-1](https://papobla.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/screenshot_2019-07-14-21-06-52-1.png?w=584)
A sua principal obra, claro, é Watchemen. Depois de adaptada para o cinema (e muito bem adaptada), preparada para ser apresentada como série para a HBO, além do crossover com o universo regular da DC em “O Relógio do Juízo Final”, a obra ainda é a principal referência para se entender o universo dos quadrinhos.
![Screenshot_2019-07-14-21-08-26-1](https://papobla.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/screenshot_2019-07-14-21-08-26-1.png?w=584)
Para se entender sua grandeza basta dizer que ela foi responsável por mudar toda a indústria da nona arte. Depois de Watchemen a forma de ler quadrinhos mudou completamente. Mas, por que essa obra continua sendo tão aclamada e referenciada ainda hoje, mais de 30 anos depois do lançamento?
Não é minha intenção aqui ficar recontando a história nem chovendo no molhado. Não dá pra ficar repetindo as mesmas coisas endeusando ou metendo o pau no Alan Moore pela sua postura em relação ao mercado editorial e da grande indústria dos quadrinhos: DC e Marvel, farinhas do mesmo saco no quesito “vamo ganhar dinheiro”. A questão é que esse título em especial eleva essa arte para outro patamar. E eu queria apenas trazer dois pontos sobre a revista que é a narrativa e a abordagem.
![Screenshot_2019-07-14-21-04-21-1](https://papobla.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/screenshot_2019-07-14-21-04-21-1.png?w=584)
A narrativa de Watchemen é atual e inovadora justamente pelo fato de ter um roteirista primoroso, que colocou durante todo o período de construção da obra diversas referências literárias, teatrais, históricas e políticas para questionar o auge da Guerra Fria, a política dos EUA e toda a mesquinhez de uma sociedade capitalista em franca decadência. Para incrementar e dar corpo ao universo dos vigilantes, Allan Moore soube abordar de modo brilhante o mundo dos heróis. Mais não é só isso: ele cria toda uma mitologia, trazendo para nossa realidade toda uma herança de heróis para criar um clímax muito massa e que pegou (pega) todo mundo de surpresa.
![Screenshot_2019-07-14-21-09-03-1](https://papobla.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/screenshot_2019-07-14-21-09-03-1.png?w=584)
Se você viu o filme (que é uma adaptação muito massa também) deve ter sacado o grande clima da série: denso, tenso e muito carregado. Depois dessa série as HQs deram uma guinada (pra bem).
![Screenshot_2019-07-14-21-09-14-1.png](https://papobla.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/screenshot_2019-07-14-21-09-14-1.png?w=584)