Fotos que nos Revelam o Mundo. . .

fidel e X
Não se engane com esses sorrisos. Essa foto, tirada em 1960, retrata um momento mundial histórico e, como não se pode fugir à regra em uma sociedade dividida em classes, polêmica.
Fidel havia ido aos EUA para uma assembleia geral da ONU, em uma época aonde as relações entre o país e Cuba não iam bem. Um ano antes o movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro, havia realizado uma das maiores manifestações popular da história, deposto um ditador (Fulgencio Batista) e realizado mudanças substanciais na ilha, que, com certeza, não foi do agrado das ex-elites cubanas, e de seus vizinhos. Era o fim das noitadas nos cassinos cubanos, como relatou o ator Errol Flynn? (“Revolution: The Truth About Fidel Castro” (http://www.youtube.com/watch?v=wnEFg30lP5c).
O problema se deu quando a delegação cubana se hospedou justamente no hotel Theresa, no Harlem, bairro tradicionalmente conhecido por ser habitado por negros, além de Fidel promover uma reunião com diversas lideranças do movimento negro americano, entre elas uma que era inimiga declarada do governo americano: Malcolm X.
O governo americano estava naquela de “ver até onde iria” a situação em Cuba, e Fidel, por sua vez, havia se declarado “Marxista-Leninista”. Traduzindo: o clima não era muito bom entre os vizinhos. De fato, em 1961 Eisen Hower romperia relações com a ilha e John F. Kennedy ordenaria a invasão a Baía dos Porcos, logo após tomar posse do governo.
Essa atitude levaria Cuba a fechar relações com a URSS e fazer uma das maiores denuncias em relação à autodeterminação dos povos, sobretudo quando se anunciou que a CIA apoiou, treinou e equipou os exilados e dissidentes cubanos naquele ataque, que foi um verdadeiro fiasco político e militar

 

#Aquelequadrinho

shambala

   Shambala é um local místico encontrado em diversas culturas do oriente. É também a senha do wifi de Stephen Vincent Strange, também conhecido como ‘doutor estranho’, um dos personagens mais fodas que se pode encontrar nos quadrinhos.
Lançada no brazil em 1989, essa Graphic Novel simplesmente é o ponto auto do quie se pode imaginar quando se fala em qualidade:
Ao ir visitar seu mentor, strange se depara com uma viagem pela magia e subconsciente. E bote viagem nisso. Se levarmos em consideração a questão do tempo e da produção, seremos obrigados a dizer que essa HQ é revolucionária. Uma resposta da Marvel ao passo importante de nomes como Neil Gaiman (tb conhecido por uns como Deus) na criação do selo Vertigo, da DC. Ou seja, ‘se vai fazer HQ adulto, revisando e revisitando alguns personagens ruins mas que podem ser modificados, eu topo!’. Se é pelio bem de todos e a sobrevivência a crise editorial nos quadrinhos, digo a eles que eu topo! Kkkkkk
Aí veio essa repaginada massa nesse personagem, até então, sem graça!
J. M. DeMatteis e Dan Green botam para @#$%&* nesse quadrinho. Espaçamento, cores, continuação gráfica, tudo…
Não à toa a Panini (essa mesma que aumentou em 45% os preços das suas revistas, covarde) relançou no brazil essa belezura. Eu tenho a original, no grau, plástico, guardadinha…

#aquelequadinho….

Fotopoema

mario

 

Esperança

(Mário Quintana)

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…

(Texto extraído do livro “Nova Antologia Poética”, Editora Globo – São Paulo, 1998, pág. 118.)

Uns Discos. . .

Catedral_-_Mais_Do_Que_Imaginei capa
“Mais do que Imaginei”, lançado em 2001 é um divisor de águas em minha juventude. Esse foi o terceiro trabalho da banda “desrotulado” e o segundo em uma gravadora aberta ao grande público. Nunca gostei da banda. Como a maioria eu reproduzia o discurso que dizia que o grupo era “um cover da Legião” ou então “os enganadores do público jovem evangélico”. Eu já escutava as fitas K7 do meu irmão mais velho escondido. Uma das mais recorrentes era “Contra Todo Mal”, de 94. Eu costumava dizer que o grupo iria tomar outro rumo depois de mudar a carreira para o mercado popular. Coisa que não aconteceu. Em 2002 eu apresentava um programa numa rádio divulgadora do meu bairro, aos sábados pela manhã, junto com um amigo, onde, claro, era proibido tocar banda Catedral. Eu sempre fui curioso com uma das faixas do disco: Helena de Troia. Em um sábado, sem a participação desse amigo que apresentava o programa junto comigo, decidi tocar a faixa. Gravei uma fita pra mim e nunca mais deixei de ouvir essa banda maravilhosa. O recente anuncio do fim do grupo pegou a todos os fãs de surpresa. Acho que não merecíamos. Mas a sonoridade desse disco, a gravação no Toca do Bandido, estúdio de Tom Capone, gênio de nosso rock nacional e a consolidação do grupo como alternativa no concorrido mercado fonográfico se traduz no título do cisco. E marcou minha geração de uma forma bela.